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Gato Angorá Turco é a raça de gato com pelo longo

Da Redação, publicado em 09/02/2012.
Somente duas raças originárias do Oriente Médio entram na categoria de europeus de pêlo longo, o Angorá Turdo e o Turco Van, sendo que a segunda deriva da primeira. Considera-se que o Angorá Turco tenha originado todas as raças atuais de pêlo longo, em particular a do gato Persa, bem como as raças de pêlo semilongo.

Presume-se que o Angorá Turco tenha surgido nas regiões montanhosas da Turquia e do Irã, onde foi descoberto por viajantes e exploradores vindos da Europa. Pietro della Valle tem fama de ter levado os primeiros Angorás para a Itália no século XVII. Considerados presentes finos, os gatos peludos se espalhavam pela Europa através de trocas entre aristocratas. No início do século XVIII, os naturalistas Lineu e Buffon citam a raça Angorá Turco em suas obras denominando-a Catus Angorensis, ao lado do gato doméstico e do Chartreaux.

A palavra “angorá” faz referência a Ancara, capital da Turquia, e se tornou sinônimo de pêlo longo e sedoso em varias espécies originárias ou não da mesma região, como cabra angorá e coelho angorá. O Angorá Turco quase desapareceu da Europa ocidental com a modernização da criação de gatos de raça no século XIX.

Depois de servir de base genética para a criação do gato Persa, o Angorá Turco foi praticamente eclipsado por essa nova raça nas exposições. A situação do Angorá Turco tornou-se ainda mais crítica porque, em seu país de origem, a raça desapareceu devido à mestiçagem, a ponto de o governo turco desenvolver um programa de proteção e reprodução seletiva no zoológico de Ancara para os raros indivíduos da raça pura que tinham restado.

Foi no zoológico de Ancara em 1959 que uma americana, a senhora Weed, redescobriu o Angorá Turco e decidiu reiniciar sua criação nos Estados Unidos. Ela conseguiu adquirir, por alto preço, alguns animais do zoológico. Seus esforços foram recompensados, pois a raça foi reconhecida pela Associação de Apreciadores de Gatos em 1970, pela Federação Internacional Felina em 1988 e finalmente pelo Conselho Britânico de Apreciadores de Gatos. Na França o Angorá Turco é reconhecido pelo Livro Oficial das Origens Felinas. E em todo mundo existem criadores e clubes que se dedicam a raça Angorá Turco, que costuma ser apreciada pelo público por suas características morfológicas e pela qualidade de sua pelagem.

Uma característica bem determinante da raça Angorá Turco é dar a impressão de solidez associada à elegância e fluidez de movimentos. O rabo é longo, peludo e costuma ficar levantado quando o gato está em movimento. Os olhos são ligeiramente amendoados. A cabeça tende a ser pequena e, vista de frente, tem forma de cunha.

Os primeiros criadores de Angorás Turcos insistiram por muito tempo que só a variedade branca deveria ser reconhecida. Desde 1978, porem, outras variedades foram admitidas e hoje em dia todas as cores são reconhecidas. O Angorá Turco branco é o mais clássico, ele deve ser de um branco ouro, com olhos verdes, azul claro, âmbar ou um de cada cor. O nariz e as almofadas das patas devem ser rosadas.

Existem outras variedades de Angorá Turco, como o negro, azul ferrugem, creme, lilás e lilás creme. Para as variedades bicolores, o branco deve formar um 'V' invertido sobre a face, um colar no alto do peito e estar presente também no rabo. No caso do esfumaçado ou smoke em todas as cores os pêlos devem ser descoloridos na base. O tabby marmorizado é aceito com manchas largas e o tabby tigrado com listras estreitas, em todas as cores. Nos Silver, as manchas fazem grande contraste com o fundo.

Muitos Angorás Turcos demonstram comportamento agressivo nas exposições, depois do reinício de sua criação. Atualmente, essa má disposição já não se manifesta, pois os criadores se esforçam para selecionar gatos de temperamento suave. É bom lembrar que a pelagem varia segundo o clima e só fica espetacular no frio, no calor, apenas o rabo é exuberante. Entretanto, a pelagem necessita de escovação diariamente. Um filhote de Angorá Turco custa em média R$ 2.500,00.


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